quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Jerome Ravetz - “The Post-Normal Science of Bads”

[Session 1] Jerome Ravetz - “The Post-Normal Science of Bads”


https://www.youtube.com/watch?v=qVLpbtkqERY

“New Currents in Science: The Challenges of Quality” workshop | Ispra, 3-4 March 2016

In conversation with: "Is Science on the verge? Challenges of quality in science for policy: reproducibility, demarcation and accountability"

Jerome Ravetz, InSIS, Univ. of Oxford - “The Post-Normal Science of Bads”
#JRC_STS #PNS2016

Problems with scientific researchHow science goes wrong

https://www.economist.com/news/leaders/21588069-scientific-research-has-changed-world-now-it-needs-change-itself-how-science-goes-wrong

Problems with scientific research 

How science goes wrong

Scientific research has changed the world. Now it needs to change itself

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Slow science

https://en.wikipedia.org/wiki/Slow_science

Slow science

From Wikipedia, the free encyclopedia
  (Redirected from Slow Science)
 
Slow science is part of the broader slow movement. It is based on the belief that science should be a slow, steady, methodical process, and that scientists should not be expected to provide "quick fixes" to society's problems. Slow science supports curiosity-driven scientific research and opposes performance targets.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Cientistas chefes assediam colegas e alunos, diz viúva de geneticista suicida

http://www.diretodaciencia.com/2017/10/27/cientistas-chefes-assediam-colegas-e-alunos-diz-viuva-de-geneticista-suicida/

Cientistas chefes assediam colegas e alunos, diz viúva de geneticista suicida

Depoimento sobre má conduta e morte destaca abusos de pesquisadores sêniores a pós-graduandos e pós-doutorandos nos EUA


MAURÍCIO TUFFANI,
Editor
A edição desta sexta-feira da Folha de S.Paulo traz um tema que certamente já deve estar provocando importantes análises e reflexões sobre o estresse enfrentado por estudantes que cursam pós-graduação para seguir a carreira acadêmica. Prazos apertados, pressões para publicar artigos, carga de trabalho excessiva, entre outros fatores, “podem gerar consequências graves, como níveis altos de estresse, depressão, ansiedade e outros transtornos”, afirma o jornalista Fernando Tadeu de Moraes logo no início de sua reportagem “Suicídio de doutorando da USP levanta questões sobre saúde mental na pós”.

 

 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Como aumentar o impacto de artigos científicos

http://agencia.fapesp.br/como_aumentar_o_impacto_de_artigos_cientificos_/26143/

Como aumentar o impacto de artigos científicos

15 de setembro de 2017

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – O número de artigos publicados por pesquisadores brasileiros cresceu muito nos últimos 20 anos. Porém, o impacto dessas pesquisas não acompanhou o mesmo crescimento. Para pensar em maneiras de reverter o cenário, especialistas se reuniram no 1st Symposium on High Impact Publications, no Instituto Butantan. O evento, dia 1º de setembro, teve o intuito de debater estratégias para que a ciência praticada no país conquiste mais relevância.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Um outro jeito de publicar artigos

http://www.abc.org.br/centenario/?Um-outro-jeito-de-publicar-artigos

Um outro jeito de publicar artigos

Publicado em 4/09/2017 

Após anos de dedicação a um projeto, a confirmação dos resultados esperados leva qualquer grupo de cientistas a guardar a sete chaves seu segredo. O mistério só é então revelado a seus pares e ao público em geral quando o estudo é publicado em uma revista científica, que precisa ter renome no campo de pesquisa e alto fator de impacto.
O clássico modelo de publicação de papers, no entanto, pode estar com os dias contados. Em busca de uma colaboração direta entre os pares e uma maior liberdade e independência das revistas científicas, alguns cientistas, especialmente os das áreas de matemática e da biologia, estão flertando com outros modos de publicação. Um deles é o pre-print.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

What to know before starting your Ph.D. program

http://www.sciencemag.org/careers/2017/09/what-know-starting-your-phd-program?utm_source=newsfromscience&utm_medium=facebook-text&utm_campaign=whattoknow-15091

What to know before starting your Ph.D. program
Congratulations! You’ve made it through the first weeks of your Ph.D. program. Right now, it might not feel that different from your undergrad experience. But the full-time research immersion that is soon to come, as well as the independence and required self-direction, will likely be a major adjustment. To help you make the transition, we asked current Ph.D. students and postdocs what they wished they had known about grad school when they started. Their responses have been edited for length and clarity.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Major German Universities Cancel Elsevier Contracts

http://www.the-scientist.com/?articles.view/articleNo/49906/title/Major-German-Universities-Cancel-Elsevier-Contracts/

Major German Universities Cancel Elsevier Contracts

These institutions join around 60 others that hope to put increasing pressure on the publishing giant in ongoing negotiations for a new nationwide licensing agreement.
By | July 17, 2017

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Curriculum mortis

http://culturaeartealbertoheller.blogspot.com.br/2017/07/curriculum-mortis.html

Curriculum mortis 

 O curriculum mortis é tudo aquilo que nos levou ao que tão orgulhosamente escrevemos no curriculum vitae – mas que preferimos manter em silêncio ou, se possível, no esquecimento. Bobagem – afinal, foi justamente isso que nos tornou o que somos, que nos trouxe aonde estamos. Aquelas mil cagadas que fizemos, as situações constrangedoras em que nos metemos, os fracassos, as derrotas, os micos, as enrascadas, os relacionamentos amorosos com gente maluca que depois ficamos pensando se foi insanidade temporária, auto-sabotagem ou aposta perdida. Pois é, tudo isso somos... nós. Fatos e fotos que não postamos no Facebook nem no Instagram, que não vão no Linkedin nem no Lattes, que nos recusamos a incluir em nossas biografias e que evitamos contar até mesmo à nossa família e aos nossos amigos (omissões, não mentiras!).

Essa parte (enorme) de nossa história que inclui desde os “onde eu estava com a cabeça” até os “como pude”, passando ainda pelos “puta-merda, não acredito que fiz isso” até os infalíveis “porra, de novo não!” (sim, de novo – pra ver se finalmente aprendemos). Conjunto que teve, porém, sua serventia e seu mérito, não é mesmo? Tudo serviu ao Grande Propósito; insondável, como o Divino, mas ainda assim um propósito.
Não se trata de azar nem de destino, não é karma nem coincidência, você não está sendo testado como Jó; simplesmente a vida é assim mesmo, aceite. Ninguém falou que seria um mar de rosas. Por isso relaxe, sorria, aproveite mais, compre livros sem culpa (ou sapatos ou viagens) e vá ao cinema – com pipoca GG e refrigerante de litro (segunda-feira essas calorias serão o curriculum mortis a ser queimado na academia). É a vida...

Alberto Heller

 

segunda-feira, 10 de abril de 2017

O sofisticado nepotismo das universidades brasileiras



O sofisticado nepotismo das universidades brasileiras


Quando recebeu o título de professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), em 1997, o geógrafo Milton Santos[1] pronunciou um discurso intitulado O intelectual e a universidade estagnada.[2] Nessa intervenção, indagando-se sobre as possibilidades de produção adequada de conhecimento num mundo em constante mudança, questionou:
Como fazê-lo no Brasil, onde a vida intelectual está organizada em torno de clubes, de clãs e do enturmamento, sendo às vezes mais útil passar as noites em reuniões com os colegas que mandam, do que queimar as pestanas, como antigamente se dizia, em frente dos livros.
Santos aponta para um fenômeno bastante comum na paisagem universitária nacional, a saber: a endogamia. Formam-se grupos de poder e de influência entre os membros da comunidade acadêmica, os quais aparelham e capturam as instituições, mandando, desmandando e ditando seus rumos e perpetuando-se nas posições de chefia. Nesses casos, como disse o geógrafo, vale mais a pena investir o tempo em cópulas sociais – quando não físicas – com colegas influentes do que em estudos, pesquisas e publicações.
Outro aspecto dessa formação de panelinhas é a endogenia: a produção das futuras gerações acadêmicas no interior da própria universidade, sem muito espaço para influências externas. Isso está bem documentado por uma pesquisa do departamento de ciência da computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre circulação de pesquisadores no Brasil[3]. Analisando cerca de seis mil pesquisadores brasileiros, o grupo observou que apenas 20% (um quinto do total, portanto) constroem suas carreiras profissionais a mais de quinhentos quilômetros (500km) de onde fizeram sua formação universitária. A avassaladora maioria permanece nos entornos de sua alma mater, o que facilita – geograficamente, inclusive – a perpetuação de esferas de influência.
O efeito mais pernicioso dessa estrutura de reprodução endogâmica e endogênica é o engessamento e a falta de circulação – não só de pessoas, mas de ideias. Gerações atuais costumam repetir ou, na melhor das hipóteses, reformular os trabalhos realizados por seus orientadores e orientadoras e, consequentemente, treinar gerações futuras para seguir na mesma toada: a repetição da repetição, ad nauseam. Ora, a força das universidades e da vida acadêmica reside precisamente em sua capacidade de abertura a novas ideias. Sem ela, é impossível à universidade realizar sua tarefa mais vital, da qual sua sobrevivência depende estritamente, como bem apontou Santos:
A universidade, aliás, é, talvez, a única instituição que pode sobreviver apenas se aceitar críticas, de dentro dela própria, de uma ou outra forma. Se a universidade pede aos seus participantes que calem, ela está se condenando ao silêncio, isto é, à morte, pois seu destino é falar. A fidelidade reclamada não pode ser à universidade, e a ela não temos razão para ser fiéis. Nossa única fidelidade é com a ideia de universidade. E é a partir da ideia sempre renovada de universidade que julgamos as universidades concretas e sugerimos mudanças.
Pois bem, embora não se configurem estritamente como casos de nepotismo – o favorecimento de parentes na nomeação de cargos – porque não se tratam de relações consanguíneas, há de se convir que a atuação de padrinhos e madrinhas acadêmicos é decisiva na construção de carreiras na universidade. Além de impedir a renovação científica, intelectual e crítica das instituições, pressupostos de seu fortalecimento, essa prática – que não é exclusivamente brasileira – provoca distorções quanto à primazia da qualidade acadêmica ou promoção de certa meritocracia.
Para além de razões culturais, antropológicas e sociológicas que invocam traços da formação brasileira como compadrio e cordialidade, uma das causas desse fenômeno está na própria estrutura de carreira das universidades brasileiras, especialmente as públicas. Uma vez aprovado(a) no concurso, o(a) docente adquire estabilidade no cargo após um período de experiência de alguns anos – normalmente três. Assim, ele ou ela só mudará de instituição para se transferir para outra de maior prestígio. Nas melhores universidades do país, isso raramente acontece.
Como combater esse problema? Engana-se quem pensa que a solução esteja na extinção da estabilidade. Países anglófonos, como Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, por exemplo, concedem estabilidade a uma parcela cada vez menor de docentes[4], o que gera uma massa de profissionais com contratos temporários instáveis e precários, sobrecarregados por obrigações e impossibilitados de desenvolver pesquisas de médio-longo prazo – o que, irônica e paradoxalmente, lhes qualificaria para postos permanentes. Países como Alemanha, França e Itália têm soluções locais para promover algum grau de circulação em seus sistemas universitários, mas essas costumam estar intimamente ligadas à história e à constituição desses.
Não é necessário, entretanto, importar soluções. Um caminho se encontra disponível no Brasil, nas carreiras jurídicas, por exemplo. Carreiras federais são organizadas nacionalmente, e os ingressantes distribuídos pelas diversas Unidades da Federação de acordo com a demanda e disponibilidade de vagas de cada uma delas (exemplo: Ministério Público Federal). Ao longo da carreira, a cada x anos, o(a) profissional pode optar por se transferir para outra localidade – novamente de acordo com a demanda e a disponibilidade de vagas. O mesmo acontece em esfera estadual (exemplo: magistratura estadual). Isso tudo sem prejuízo da estabilidade no cargo.
Por que não tentar algo semelhante na carreira acadêmica? Docentes e pesquisadores poderiam prestar concursos federais e estaduais, após cuja aprovação seriam alocados nas instituições que carecessem de profissionais. Alguns anos depois, poderiam solicitar transferência para outras, se for de seu interesse.
Naturalmente, não se trata de uma solução perfeita. Ela não impede a captura de bancas de concursos por grupos de influência e distorções sistêmicas. No entanto, já é mais do que se tem feito hoje para combater esse grave problema: nada. Dado o que está em jogo, vale a aposta.
Rafael Barros de Oliveira - Colaborador do Terraço Econômico
[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Milton_Santos
[2] http://www.adusp.org.br/files/revistas/11/r11a03.pdf
[3] http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/01/12/circulacao-limitada/
[4] https://www.insidehighered.com/news/2009/05/12/workforce