sábado, 24 de dezembro de 2016

O que é pesquisa translacional?

http://hypescience.com/pesquisa-translacional-o-que-e/

Conceitua-se pesquisa translacional como sendo toda a pesquisa que tem seu início na ciência básica e sua conclusão na aplicação prática do conhecimento apreendido.
Em especial tem-se sua aplicação na medicina, quando, por exemplo, na pesquisa sobre uma determinada proteína presente em um canal de membrana celular tem-se a continuidade do processo até sua culminação com o desenvolvimento de uma medicação para a terapia de uma determinada doença degenerativa.

Na pesquisa tradicional correntemente se divide a tarefa em dois grupos estanques: Um de pesquisa básica (ou laboratorial) e outro de pesquisa clínica, onde, na maioria dos casos não se permeia nenhuma articulação entre os dois, existindo um hiato permanente entre esses dois tipos de pesquisa.
Por esta razão,  muitas vezes, o conhecimento produzido pela pesquisa básica não é bem aproveitado para fins práticos ou seu na melhor das hipóteses seu aproveitamento se dá de uma forma muito lenta e pouco promissora.
Com o advento da pesquisa translacional se observa uma continuidade do trabalho do pesquisador com a articulação entre o laboratório (onde se desenvolve as descobertas da ciência base) e a clínica (onde se realizam as aplicações práticas).
É fácil intuir que o caminho de  realimentação da clínica para o laboratório também favorece o avanço da conquista e aperfeiçoamento da ciência base.
Este itinerário  do  laboratório para a clínica  define a essência da pesquisa translacional em seu propósito de traduzir as descobertas básicas do laboratório em aplicações práticas para a clínica com eficiência, eficácia e agilidade.
Como é natural, as ideias que são testadas na clinica raramente se tornam eficientes de um dia para o outro. É sempre necessário um refinamento futuro.
Desta forma os resultados clínicos tendem também a retornar para o laboratório, num feedback, que como dito anteriormente contribui significativamente na melhoria e aperfeiçoamento daquela estratégia terapêutica, completando o itinerário de retorno da clínica para o laboratório.
A pesquisa translacional ou, no seu original em inglês, translational research, se propõe a preencher este vácuo existente entre o pesquisador da ciência básica e o clínico em seus campos de prática.
Embora o termo seja bastante recente, essa noção de “intercâmbio de resultados de pesquisa” não é.
Tal dinâmica vem sendo discutida desde as décadas de 1970 e 1980, nos Estados Unidos e também no Brasil, nos Seminários Nacionais de Pesquisa em Enfermagem, por exemplo.
O assunto é veiculado no editorial do Journal of the American Medical Association (JAMA), em 2002, quando se determina como essencial para melhorar a saúde humana a “necessidade de tradução de novos conhecimentos, mecanismos e técnicas geradas pelo avanço nas pesquisas básicas para oferecer novas possibilidades de prevenção, diagnostico e tratamento das doenças”.
A partir desta publicação, as demais áreas da saúde passaram a se questionar mais acuradamente sobre formas de conduzir para a prática assistencial esta “tradução”.
Em 2005, foi criado o “The Translational Research Working Group (TRWG)” (Grupo de Trabalho em Pesquisa Translacional), vinculado ao Instituto Nacional de Câncer, dos EUA, com o propósito de fomentar as pesquisas translacionais nesta área especifica.
A Universidade de Washington fundou, em 2007, o “Institute of Translational Health Sciences (ITHS)” (Instituto de Ciências Translacionais) tendo como principal foco a medicina genética.
Em 2009, são criados dois importantes periódicos: o “Translational Research – The journal of Laboratory and Clinical Medicine”, e o “The American Journal of Translational Research”.
No Brasil foi criado, recentemente, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina uma instituição de pesquisa multicêntrica financiada pelo CNPq  e sediada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Podemos afirmar sem nenhum exagero que tais iniciativas representam uma coleção estimulante de boas notícias.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Why Professors Are Writing Crap That Nobody Reads

http://www.intellectualtakeout.org/blog/why-professors-are-writing-crap-nobody-reads

Why Professors Are Writing Crap That Nobody Reads




Professors usually spend about 3-6 months (sometimes longer) researching and writing a 25-page article to submit an article to an academic journal. And most experience a twinge of excitement when, months later, they open a letter informing them that their article has been accepted for publication, and will therefore be read by…
Yes, you read that correctly. The numbers reported by recent studies are pretty bleak:
- 82 percent of articles published in the humanities are not even cited once.
- Of those articles that are cited, only 20 percent have actually been read.
- Half of academic papers are never read by anyone other than their authors, peer reviewers, and journal editors.
So what’s the reason for this madness? Why does the world continue to be subjected to just under 2 million academic journal articles each year?
Well, the main reason is money and job-security. The goal of all professors is to get tenure, and right now, tenure continues to be awarded tenure based in part on how many peer-reviewed publications they have. Tenure committees treat these publications as evidence that the professor is able to conduct mature research.
Sadly, however, many academic articles today are merely exercises in what one professor I knew called “creative plagiarism”: rearrangements of previous research with a new thesis appended on to them.
Another reason is increased specialization in the modern era, which is in part due to the splitting up of universities into various disciplines and departments that each pursue their own logic.  
One unfortunate effect of this specialization is that the subject matter of most articles make them inaccessible to the public, and even to the overwhelming majority of professors. (Trust me: most academics don’t even want to read their peers’ papers.) Some of the titles in the most recent issues of the Journal of the American Academy of Religion—which proclaims itself as “the top academic journal in the field of religious studies”—serve as evidence:
  • “Dona Benta’s Rosary: Managing Ambiguity in a Brazilian Women’s Prayer Group”
  • “Death and Demonization of a Bodhisattva: Guanyin’s Reformulation within Chinese Religion”
  • “Brides and Blemishes: Queering Women’s Disability in Rabbinic Marriage Law”
Thus, increased specialization has led to increased alienation between not only professors and the general public, but also between the professors themselves.  
All of this is very unfortunate. Ideally, the great academic minds of a society should be put to work for the sake of building up that society and addressing its problems. Instead, most Western academics today are using their intellectual capital to answer questions that nobody’s asking on pages that nobody’s reading.
What a waste.      

quarta-feira, 5 de outubro de 2016