Pesquisas acadêmicas
‘Crowdsourcing’ está transformando a ciência da psicologia
Ferramenta permitirá amostragem mais heterogênea de cobaias em pesquisas
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Estudantes de graduação são os ratos de laboratório da
psicologia. Incentivados por prêmios na forma de dinheiro e créditos
universitários, eles farão os equivalentes humanos de andar por
labirintos e apertar os botões nas câmaras de Skinner. Isto é uma
maravilha, pois fornece aos psicólogos uma oferta infindável de cobaias
disponíveis. Mas é também um problema porque essas cobaias são em sua
maioria brancas, educadas, industrializadas, ricas e democráticas, de
modo que não são representativas de populações como um todo. Com efeito,
como Dr. Henrich descobriu em sua análise dos principais periódicos
acadêmicos de psicologia, um estudante de graduação norte-americano
aleatório tem 4.000 vezes mais chances do que um ser humano normal de
ser cobaia desses estudos. Inferir conclusões gerais acerca do
comportamento humano a partir desses resultados é arriscado. Porém, essa
situação está prestes a acabar.
As principais razões pelas quais os estudantes de graduação foram favorecidos no passado é que eles são baratos e fáceis de recrutar pelos acadêmicos. Mas uma nova fonte de oferta está emergindo: o fornecimento coletivo de trabalho online.
O fornecimento coletivo de trabalho online, mais conhecido como crowdsourcing, é um modo de realizar trabalhos através da ação de trabalhadores online remunerados. Várias empresas oferecem o serviço, inclusive o Desk, o CrowdFlower e o Elance. Mas o serviço mais famoso para fins científicos, de longe, é o Mechanical Turk, administrado pela Amazon e batizado em homenagem à máquina jogadora de xadrez do século XVIII que era secretamente operada por um humano.
O Mechanical Turk tem mais de 500 mil pessoas, conhecidas como Turkers, em sua força de trabalho. Isso é uma dádiva para o psicólogo com prazos e sem muito dinheiro. A maioria dos Turkers está disposta a trabalhar por alguns trocados. (A remuneração mediana é de US$ 1,40 por hora). A maioria dos Turkers encara as atividades do site mais como um hobby renumerado do que como um emprego de verdade. E, de modo crucial, eles estão ficando mais cosmopolitas a cada ano que passa. Ainda que 40% ainda sejam norte-americanos, um terço são indianos e o restantes vem de cerca de 100 outros países.
A revolução, então, já começou. Até agora, o Google Scholar, um site devotado a assuntos acadêmicos, registra 3 mil estudos publicados que envolvem experimentos com fornecimento de trabalho coletivo online. Discussões em conferências entre psicólogos, economistas, cientistas políticos, linguistas e cientistas da computação sugerem que isso pode ser a ponta do iceberg. Seria um exagero dizer que o crowdsourcing transformou o mundo todo em um laboratório, mas sem dúvida diminuiu o viés da psicologia.
As principais razões pelas quais os estudantes de graduação foram favorecidos no passado é que eles são baratos e fáceis de recrutar pelos acadêmicos. Mas uma nova fonte de oferta está emergindo: o fornecimento coletivo de trabalho online.
O fornecimento coletivo de trabalho online, mais conhecido como crowdsourcing, é um modo de realizar trabalhos através da ação de trabalhadores online remunerados. Várias empresas oferecem o serviço, inclusive o Desk, o CrowdFlower e o Elance. Mas o serviço mais famoso para fins científicos, de longe, é o Mechanical Turk, administrado pela Amazon e batizado em homenagem à máquina jogadora de xadrez do século XVIII que era secretamente operada por um humano.
O Mechanical Turk tem mais de 500 mil pessoas, conhecidas como Turkers, em sua força de trabalho. Isso é uma dádiva para o psicólogo com prazos e sem muito dinheiro. A maioria dos Turkers está disposta a trabalhar por alguns trocados. (A remuneração mediana é de US$ 1,40 por hora). A maioria dos Turkers encara as atividades do site mais como um hobby renumerado do que como um emprego de verdade. E, de modo crucial, eles estão ficando mais cosmopolitas a cada ano que passa. Ainda que 40% ainda sejam norte-americanos, um terço são indianos e o restantes vem de cerca de 100 outros países.
A revolução, então, já começou. Até agora, o Google Scholar, um site devotado a assuntos acadêmicos, registra 3 mil estudos publicados que envolvem experimentos com fornecimento de trabalho coletivo online. Discussões em conferências entre psicólogos, economistas, cientistas políticos, linguistas e cientistas da computação sugerem que isso pode ser a ponta do iceberg. Seria um exagero dizer que o crowdsourcing transformou o mundo todo em um laboratório, mas sem dúvida diminuiu o viés da psicologia.
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