Os dez mandamentos do liberalismo segundo Bertrand Russell
No artigo, Russel escreve que “O liberalismo é mais uma disposição que uma crença. Ele é, na verdade, o oposto de qualquer crença”. Ele continua: “Mas a atitude liberal não diz que você deve se opor à autoridade. Ela só diz que você deveria ser livre para se opor à autoridade, o que é bem diferente. A essência da visão liberal sobre a esfera intelectual é a convicção de que a discussão imparcial é uma coisa útil, e que as pessoas devem ser livres para questionar qualquer coisa, desde que possam apoiar seus questionamentos com argumentos sólidos. A visão oposta, mantida por aqueles que não podem ser chamados liberais, é de que a verdade já é sabida, e que questioná-la é necessariamente subversivo”
1 — Não se sinta absolutamente certo de nada.
2 — Não pense que vale a pena produzir crença através da ocultação de evidências, pois as evidências certamente virão à luz.
3 — Nunca tente desencorajar o pensamento, pois você certamente será bem-sucedido.
4 — Quando você se deparar com oposição, mesmo que seja da parte de seu marido ou de seus filhos, dedique-se a vencê-la com argumentos e não com autoridade, pois uma vitória que depende apenas da autoridade é irreal e ilusória.
5 — Não respeite a autoridade, pois sempre haverá outras autoridades com opiniões contrárias.
6 — Não use o poder para suprimir opiniões que você acha perniciosas, pois se você o fizer, as opiniões suprimirão você.
7 — Não tenha medo de ter opiniões excêntricas, pois cada opinião hoje aceita já foi excêntrica um dia.
8 — Encontre mais prazer no dissenso inteligente que no consenso passivo, pois se você valorizar a inteligência como deveria, o primeiro implica uma concordância mais profunda que o segundo.
9 — Seja escrupulosamente verdadeiro, mesmo quando a verdade for inconveniente, pois é mais inconveniente quando você tenta escondê-la.
10 — Não tenha inveja da felicidade dos que vivem em um paraíso de tolos, pois apenas um tolo pensaria que aquilo é felicidade.
Tradução: Cynthia Feitosa.
https://www.revistabula.com/19708-os-10-mandamentos-de-bertrand-russell-para-uma-democracia-sadia/
terça-feira, 17 de dezembro de 2019
domingo, 8 de dezembro de 2019
Preposterism and Its Consequences
https://www.academia.edu/20173777/Preposterism_and_Its_Consequences_1998_
Preposterism and Its Consequences (1998)
Susan Haack
Susan Haack, “Preposterism and Its Consequences”
Abstract: Haack describes this paper, written in 1996, as “in the nature of a lay sermon.”
The environment is inhospitable to good intellectual work, she argues, to the extent that incentives and rewards encourage people to choose trivial issues where results are more easily obtained, to disguise rather than tackle problems with their chosen approach, to go for the flashy, the fashionable, and the impressively obscure over the deep the difficult, and the painfully clear; insofar as the effective availability of the best and most significant work is hindered rather than enabled by journals and conferences bloated with the trivial, the faddy, and the carelessly or deliberately unclear; insofar as mutual scrutiny is impeded by fad, fashion, obfuscation, and fear of offending the influential.
Sadly, she continues, the environment in which academic philosophy is presently conducted is undeniably an inhospitable one: the “publish-or-perish” ethos and the culture of grants and research projects have encouraged sham and fake reasoning, and even a factitious despair of the possibility of honest inquiry.
In “Out of Step” (2013), Haack writes that, looking back, this paper now seems “distinctly too mild, the present situation much worse than I then foresaw.”
Abstract: Haack describes this paper, written in 1996, as “in the nature of a lay sermon.”
The environment is inhospitable to good intellectual work, she argues, to the extent that incentives and rewards encourage people to choose trivial issues where results are more easily obtained, to disguise rather than tackle problems with their chosen approach, to go for the flashy, the fashionable, and the impressively obscure over the deep the difficult, and the painfully clear; insofar as the effective availability of the best and most significant work is hindered rather than enabled by journals and conferences bloated with the trivial, the faddy, and the carelessly or deliberately unclear; insofar as mutual scrutiny is impeded by fad, fashion, obfuscation, and fear of offending the influential.
Sadly, she continues, the environment in which academic philosophy is presently conducted is undeniably an inhospitable one: the “publish-or-perish” ethos and the culture of grants and research projects have encouraged sham and fake reasoning, and even a factitious despair of the possibility of honest inquiry.
In “Out of Step” (2013), Haack writes that, looking back, this paper now seems “distinctly too mild, the present situation much worse than I then foresaw.”
Location: First published in SOCIAL PHILOSOPHY AND POLICY (2006).
More Info: Susan Haack, MANFESTO OF A PASSIONATE MODERATE (Chicago, 1998), 188-208
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